domingo, 22 de abril de 2012

O que fazer para parar de fumar?

70% dos pacientes que fumam afirmam que gostaria de parar de fumar
mais apenas 7.9% conseguem fazer isso sem ajuda.

o uso do tabaco na forma de cigarro é um fenômeno moderno.

mais ou menos 3 milhões de norte-americanos abandonam o tabagismo.

A queima do tabaco gera, além da nicotina e do monóxido de carbono, mais de 4.000 compostos químicos. Na fumaça gerada, a maior parte das partículas apresenta tamanho que favorece a sua deposição nos pulmões, permitindo a elas exercerem seu efeito tóxico e carcinogênico. A nicotina é o principal componente do tabaco e, como sabemos, é a responsável pelo desenvolvimento da dependência, de forma que os fumantes vão regulando o número e a freqüência de cigarros para satisfazer a dependência e evitar a abstinência.





Doenças relacionadas ao tabagismo
cuide do seu pulmão sem ele você não é nada com ele você  é tudo.










1) Sistema Respiratório

O tabagismo é o principal fator de risco para o desenvolvimento da chamada "doença pulmonar obstrutiva crônica" (DPOC), representada por duas apresentações: o enfisema pulmonar e a bronquite crônica. A DPOC é uma doença progressiva, irreversível, que afeta de maneira importante a qualidade de vida do paciente. Ela compromete a capacidade de exercer atividades físicas e, em estádios avançados, faz com que o paciente tenha dificuldade até mesmo para comer e tomar banho; nessa fase, o paciente pode necessitar passar a maior parte do dia conectado a um balão de oxigênio. Embora o dano pulmonar seja irreversível, a cessação do tabagismo faz com que a queda na função do pulmão (acontecimento normal com o envelhecimento) fique mais lenta. a cessação do tabagismo favorece também doenças das vias aéreas superiores, como a rinite alérgica.



2Sistema Cardiovascular

O tabagismo aumenta o risco de doença arterial coronariana (angina, infarto do miocárdio) em aproximadamente três vezes, sendo que a interrupção do uso reduz rapidamente esse risco (à metade em um ano, e continua caindo com o passar do tempo). Vale lembrar que o aumento do risco é maior quanto maior o número de outros fatores de risco que o indivíduo apresente. O uso do tabaco pode ser responsável por até 90% das doenças vasculares periféricas, nos pacientes não-diabéticos. Aumenta também o risco de derrame cerebral. Após 15 anos da cessação do tabagismo, o risco de infarto é semelhante ao das pessoas que nunca fumaram.


3) Câncer

O tabagismo é responsável por quase 90% dos casos de câncer de pulmão, e a interrupção do tabagismo reduz o risco desse câncer já após 5 anos, embora os ex-fumantes ainda mantenham um risco maior do que quem nunca fumou. Outros cânceres cujo risco aumenta com o tabagismo são: câncer da cavidade oral; câncer de esôfago; câncer de bexiga; câncer de estômago; câncer de pâncreas; câncer de laringe; câncer de colo uterino; câncer de rim. Alguns estudos sugerem que o cigarro também aumenta o risco de câncer de intestino grosso e de mama. 

4) Gravidez

A gravidez apresentam risco aumentado em mulheres fumantes, como: ruptura prematura das membranas; descolamento de placenta; placenta prévia; abortamento espontâneo (pequeno aumento no risco), baixo peso do recém nascido, prematuridade, maior risco de morte após o nascimento e durante o parto, complicações respiratórias após o nascimento e até mesmo atraso de desenvolvimento nos primeiros anos de vida. Há aumento do risco da síndrome de morte súbita do lactente.

5) Outras Doenças

O tabagismo atrasa a cura das úlceras pépticas, e a cessação do mesmo reduz o risco de desenvolvimento dessa doença. O tabaco aumenta a taxa de perda óssea, favorecendo o desenvolvimento de osteoporose e aumentando o risco de fraturas. Esse risco reduz-se após 10 anos da interrupção do fumo. Outros problemas associados ao tabagismo são as rugas e a disfunção sexual (por exemplo, a "impotência sexual").
Como parar de fumar?


Os consensos atuais afirmam que o tratamento para interrupção do tabagismo é efetivo, e que deve ser oferecido a todos os tabagistas por ocasião da consulta médica. Assim, torna-se importante questionar todos os pacientes sobre o hábito de fumar. 

Neste questionário de 4 perguntas, considera-se que existe dependência quando há resposta positiva a duas das seguintes perguntas:


1. Você alguma vez já tentou ou já sentiu necessidade de parar de fumar?

2. Alguma vez você já se sentiu incomodado com as pessoas o aconselhando a parar de fumar?

3. Alguma vez você já se sentiu culpado por fumar?

4. Você costuma fumar na primeira meia hora após ter acordado?

Outra opção interessante de questionário é o Fagerström abreviado, cujas respostas montam um escore onde 

5 a 6 pontos representam dependência pesada da nicotina, 
3 a 4 pontos representam dependência moderada e 
0 a 2 pontos representam dependência leve.
Perguntas:
Você fuma o seu primeiro cigarro:
(   ) Menos de 5 minutos após acordar (3 pontos)
(   ) 5 a 30 minutos após acordar (2 pontos)
(   ) 31 a 60 minutos após acordar (1 ponto)

Quantos cigarros você fuma por dia?
(   ) mais de 30 cigarros (3 pontos)
(   ) 21 a 30 cigarros (2 pontos)
(   ) 11 a 20 cigarros (1 ponto)


A bupropiona(Zyban ®) também pode ser usada, e reduz a compulsão do paciente pelo cigarro, aumentando sua capacidade de se abster de fumar. O uso deve começar 2 semanas antes da data prevista para interrupção, e deve persistir por 8 a 12 semanas após esta data.
Conclusão

A maioria dos pacientes sofre recaída nos primeiros 6 a 12 meses após a tentativa de interrupção. Quando isto ocorre, o paciente deve ser encorajado a tentar novamente.
Estudos têm demonstrado que o uso da bupropiona (Zyban ®) resulta em 30% de abstinência em 12 meses, contra 16% de abstinência com o uso isolado da nicotina. O uso combinado da nicotina e da bupropiona tem se mostrado mais eficaz do que os dois tratamentos isolados. A terapia comportamental, o apoio do grupo e a persistência do médico e do paciente são essenciais ao sucesso do tratamento.

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